Projeto Atlântico
  • Pesquisadora do Projeto Atlântico cumpre missão na Espanha

    Publicado em 18/06/2025 às 12:12

    Na próxima semana, a pesquisadora e doutoranda Denise Becker participa do IX Congresso Internacional de Ética da Comunicação – Media Ethics –, que em 2025 tema como tema “Comunicação e Saúde Mental”. O evento acontece na Universidade CEU Cardenal Herrera, em Valência, Espanha, entre os dias 25 e 27 de junho.

    Denise integra a equipe do projeto “Indução de Sistemas de Autorregulação Deontológica Jornalística em Espaços Afro-Iberoamericanos” – Projeto Atlântico. Nessa missão de trabalho, irá apresentar o artigo “Confiança: a construção do conceito a partir do trabalho relacional e da ética jornalística”, na mesa Ética na Mídia no dia 26 de junho. Na ocasião, Denise também se encontrará com outros pesquisadores do projeto como Hugo Aznar, Juan Carlos Suarez Villegas, Carlos Camponez e Rogério Christofoletti.

    O Projeto Atlântico aborda os contextos da ética jornalística em seis países de três continentes, entre os quais Espanha. “Dialogar com outros pesquisadores nesse evento internacional e ter a oportunidade de conhecer outros integrantes do Projeto Atlântico é, sem dúvida, relevante para o andamento das nossas atividades de pesquisa”, enfatiza Denise. Além de Brasil e Espanha, fazem parte do projeto pesquisadoras e pesquisadores de Portugal, Angola, Cabo Verde e Moçambique. O CNPq financia a pesquisa.

    Confira as programações online e presencial da IX Media Ethics Conference.


  • Angola avança com autorregulação ética apesar das dificuldades

    Publicado em 26/05/2025 às 06:58

    O coordenador do Projeto Atlântico, Rogério Christofoletti, passou uma semana em Angola para a missão de trabalho prevista no projeto “Indução de Sistemas de Autorregulação Deontológica Jornalística em Espaços Afro-Iberoamericanos”. As atividades aconteceram de 18 a 24 de maio, com visitas e conferências na Universidade Jean Piaget e no Centro de Formação de Jornalistas (Cefojor), e minicurso no Media Institute of Southern África (MISA). Além disso, foram entrevistadas lideranças de organizações locais. As agendas foram cumpridas nas cidades de Luanda, Viana, Talatona e Quilamba-Quiaxi, contando com a direção logística do jornalista e professor André Mussamo, coordenador do Projeto Atlântico em Angola.

    “Nesta missão, pudemos entender melhor como os jornalistas angolanos se organizam como classe trabalhadora e como funciona sua autorregulação deontológica. Em pouco tempo de história, são nítidos os avanços, apesar das muitas dificuldades de um país que passou quase trinta anos em guerra civil”, afirma Christofoletti. O país completa 50 anos de independência este ano e foi muito afetado por conflitos sangrentos internos entre 1975 e 2002. Nas últimas décadas, a economia tenta se modernizar à base do petróleo abundante, diamantes e de recursos minerais, mas a distribuição de renda é muito desigual, produzindo um cenário de miséria absoluta para a maior parte da população. A população reclama da corrupção nos governos e empresas. Os salários são muito baixos e jornalistas em início de carreira, por exemplo, chegam a ganhar 60 dólares por mês. “Essa condição leva muitos profissionais a acumularem outros empregos para ter condições mínimas de sobrevivência”, acrescenta André Mussamo, que também é presidente do Misa-Angola.

    O sistema político mantém uma democracia limitada, e a participação popular é quase restrita a períodos eleitorais. Jornalistas e ativistas se queixam de falta de liberdade de imprensa, de censura, pressões e perseguições. Mesmo assim, conseguem – com muitas dificuldades – manterem organizações que lutam por direitos trabalhistas, por organização profissional – como a emissão de carteiras de jornalistas – e pelo cumprimento de padrões éticos. “Nada é fácil aqui, mas precisamos insistir”, comenta Luisa Rogério, presidente da Comissão da Carteira e Ética. “Dependemos, sobretudo, do apoio de organizações internacionais”, conta Milena Costa, coordenadora do Fórum das Mulheres Jornalistas pela Igualdade de Gênero. “Temos conseguido construir um sistema deontológico, mas ainda precisamos atrair mais colegas e fazer com que eles entendam que só a partir da caneta e da fala, e da consciência de classe, teremos um jornalismo melhor”, sintetiza Pedro Miguel, coordenador do Sindicato dos Jornalistas Angolanos.

    Em quase todos os casos, as lideranças e suas equipes enxutas trabalham voluntariamente em prédios degradados ou com pouca infraestrutura. No último levantamento da Repórteres Sem Fronteiras sobre liberdade de imprensa, Angola ficou em 100º lugar, uma posição melhor que a de 2024, mas ainda pior que seus vizinhos Zâmbia (82º) e Namíbia (28º). “As condições desses países são muito diferentes das nossas, mas sabemos que temos muito a melhorar”, comenta Luisa Rogério. “Somos otimistas, e é por isso que estamos aqui. Mas é preciso avançarmos muito ainda”, opina Pedro Miguel.

    O Projeto Atlântico e a missão em Angola são financiados pelo CNPq.

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    Confira registros da missão:


  • Projeto Atlântico cumpre missão em Angola

    Publicado em 16/05/2025 às 13:45

    O projeto “Indução de sistemas deontológicos jornalísticos em espaços afro-iberoamericanos (Projeto Atlântico)” desembarca em Luanda (Angola) na segunda metade deste mês de maio. Durante uma semana, o coordenador da pesquisa, Rogério Christofoletti, vai entrevistar jornalistas, pesquisadores e autoridades para colher subsídios para o projeto. Também estão previstas visitas técnicas a redações dos meios de comunicação e diálogos no Sindicato dos Jornalistas Angolanos, na Comissão da Carteira e Ética, no Centro de Formação de Jornalistas (Cefojor), na Universidade Jean Piaget de Angola, no Misa-Angola e no Fórum de Mulheres Jornalistas para a Igualdade de Gênero.

    O Projeto Atlântico aborda os contextos da ética jornalística em seis países de três continentes, entre os quais Angola. A missão conta com direção técnica e logística de André Mussamo, consultor no projeto, professor da Universidade Jean Piaget e coordenador do Misa-Angola. “A realidade angolana é estratégica para compreendermos o jornalismo praticado na África num país lusófono”, comenta Christofoletti. “Aspectos como crescimento econômico, consolidação da democracia e busca por justiça social também afetam o trabalho ético dos jornalistas”.

    Além de Brasil e Angola, fazem parte do projeto pesquisadoras e pesquisadores de Portugal, Espanha, Cabo Verde e Moçambique. O CNPq financia a pesquisa.


  • Autorregulação do jornalismo na lusofonia: livro disponível para download

    Publicado em 25/01/2025 às 12:19

    Já está disponível para download gratuito o livro “Jornalismo e Qualidade no Mundo de Expressão Portuguesa”, organizado por Carlos Camponez, Rogério Christofoletti e José Manuel Simões.

    Editado pela University of Saint Joseph Press, de Macau (China), o livro traz capítulos que tratam da autorregulação do jornalismo e da comunicação em nove países e territórios lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Macau, Portugal, São Tomé e Príncipe, e Timor Leste. A obra é um dos resultados da Rede Lusófona pela Qualidade da Informação (RLQI), criada em 2018 para ajudar a desenvolver o conhecimento sobre ética, profissionalismo e qualidade editorial.

    O projeto “Indução de Sistemas de Autorregulação Deontológica Jornalística em Espaços Afro-Iberoamericanos” também é um resultado da RLQI e alguns de seus pesquisadores assinam capítulos no livro.

    Para baixar, clique aqui. Acesse também a Biblioteca deste site.


  • Pesquisadora do Projeto Atlântico chega a Portugal

    Publicado em 11/01/2025 às 12:10

    Mais uma pesquisadora está na Península Ibérica para dar sequência aos trabalhos do Projeto Atlântico. A doutoranda Denise Becker desembarcou em Coimbra (Portugal) para uma estância de oito meses de doutorado-sanduíche sob co-orientação do professor Carlos Camponez. Durante o período europeu, Denise vai colher dados, fazer visitas técnicas, participar de eventos e produzir textos e conteúdos relacionados à pesquisa.

    Denise se soma a outros dois membros da equipe que atravessaram o oceano para desenvolver o projeto e estão em atividades na Espanha: Raphaelle Batista, que está em Sevilha, e Rogério Christofoletti, sediado em Valência.

    O Projeto Atlântico tem como objetivo estudar os contextos da ética jornalística em seis países (Brasil, Portugal, Espanha, Cabo Verde, Angola e Moçambique) e contribuir com a capacitação e desenvolvimento de jornalistas nesse campo, buscando aprimorar as práticas desses profissionais. Participam do projeto dez universidades de seis países em três continente. O CNPq financia o Projeto Atlântico com verbas de custeio e bolsas de doutorado e pós-doutorado.


  • Mais um pesquisador do projeto em missão espanhola

    Publicado em 12/12/2024 às 13:04

    No início de dezembro, chegou a Valencia mais um pesquisador do projeto “Indução de sistemas deontológicos jornalísticos em espaços afro-iberoamericanos (Projeto Atlântico)”. Rogério Christofoletti, que coordena a iniciativa, cumprirá um ano de pós-doutorado na Universitát de Valencia, com supervisão da professora Dolors Palau-Sampio.

    Durante o período, Christofoletti vai aprofundar estudos, colher dados da pesquisa e intensificar formas de cooperação internacional. “Minha vinda a Espanha vai facilitar a coordenação da equipe do projeto, que já tem uma doutoranda em Sevilla e logo terá outra em Coimbra, Portugal. Também poderá facilitar o deslocamento para uma missão de trabalho em Angola”, explica.

    O Projeto Atlântico tem como objetivo estudar os contextos da ética jornalística em seis países (Brasil, Portugal, Espanha, Cabo Verde, Angola e Moçambique) e contribuir com a capacitação e desenvolvimento de jornalistas nesse campo, buscando aprimorar as práticas desses profissionais. Participam do projeto dez universidades de seis países em três continentes. O CNPq financia o Projeto Atlântico com verbas de custeio e bolsas de doutorado e pós-doutorado.


  • Projeto Atlântico envia bolsista para Espanha

    Publicado em 06/08/2024 às 21:40

    A doutoranda Raphaelle Batista chega esta semana a Sevilha, no sul da Espanha, para um período de estudos. Ela é a primeira bolsista do Projeto Atlântico enviada ao exterior.

    No doutorado, Raphaelle desenvolve uma tese sobre as correlações entre ética e credibilidade jornalística, e vai permanecer oito meses na Universidad de Sevilla, sob a supervisão de Juan Carlos Suárez Villegas.

    No Projeto Atlântico, a doutoranda vai se encarregar de levantamentos de dados sobre a autorregulação ética do jornalismo espanhol, e de parte da produção dos conteúdos científicos e jornalísticos previstos.

    Raphaelle é orientada pelo coordenador do projeto, Rogério Christofoletti, e conta com bolsa de doutorado no exterior do CNPq.


  • Pesquisadores do Atlântico participam da Media Ethics Conference

    Publicado em 24/05/2024 às 12:18

    O principal evento global sobre ética da comunicação será ponto de encontro de pesquisadores do Projeto Atlântico.

    A oitava edição da Media Ethics Conference acontece de 9 e 12 de julho nas dependências da Universidade de Coimbra, e pelo menos quatro pesquisadores do projeto auxiliam na organização do evento e devem participar de reuniões de planejamento e avanços para a pesquisa “Indução de Sistemas de Autorregulação Deontológica Jornalística em Espaços Afro-Iberoamericanos”.

    A Media Ethics Conference é um congresso criado em 2011 por Juan Carlos Suarez Villegas, da Universidad de Sevilla, e esta é a primeira vez que será realizado fora da Espanha. A liderança da organização em Portugal é de Carlos Camponez, que tem apoio de Hugo Aznar (Universidad CEU Cardenal Herrera) e Rogério Christofoletti (Universidade Federal de Santa Catarina).

    Confira a programação da 8ª Media Ethics Conference, que tem conferencistas como Rafael Capurro, Helena Sousa, Fernando Oliveira Paulino e Basilio Monteiro.


  • CNPq financia projeto internacional sobre ética jornalística

    Publicado em 01/03/2024 às 16:36

    O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) aprovou o projeto “Indução de Sistemas de Autorregulação Deontológica Jornalística em Espaços Afro-Iberoamericanos” e vai financiar parcialmente a pesquisa. Os recursos estão previstos na Chamada MCTI/CNPq nº 14/2023, edital de apoio a projetos de reconhecida cooperação internacional, que destinou R$ 170 milhões a mais de 700 iniciativas.

    Lançada em julho de 2023, a chamada objetiva fomentar projetos internacionais de pesquisa concedendo bolsas no exterior e verbas para custeio, e estimular a cooperação entre países latino-americanos, caribenhos e africanos. O projeto será desenvolvido por uma equipe com pesquisadores de seis países – Angola, Brasil, Cabo Verde, Espanha, Moçambique e Portugal – de nove universidades. A proposta foi uma das 429 contempladas na principal linha do edital.

    De acordo com o coordenador da pesquisa, Rogério Christofoletti, o projeto quer mapear e compreender valores e práticas éticas do jornalismo praticado nos países cobertos pela pesquisa. Com isso, vai recorrer a várias técnicas de coleta de dados para compor acervos de códigos deontológicos, leis e instrumentos que contribuem para a formação dos profissionais da informação em três continentes. Ao final, será produzida uma série de podcasts e materiais formativos, e ministradas oficinas de capacitação ética de jornalistas.

    “Teremos 24 meses para desenvolver a pesquisa, e vamos contar com três bolsas do CNPq, sendo duas de doutorado sanduíche e uma de pós-doutorado no exterior”, comenta Christofoletti, pesquisador da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). “Essas condições nos permitirão aprofundar as redes de cooperação que já temos com os países lusófonos da África e os da península ibérica”, conclui.

    Projeto Atlântico é o nome fantasia da iniciativa e faz homenagem ao oceano que une e aproxima América, África e Europa, continentes dos países participantes.