CNPq financia projeto internacional sobre ética jornalística
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) aprovou o projeto “Indução de Sistemas de Autorregulação Deontológica Jornalística em Espaços Afro-Iberoamericanos” e vai financiar parcialmente a pesquisa. Os recursos estão previstos na Chamada MCTI/CNPq nº 14/2023, edital de apoio a projetos de reconhecida cooperação internacional, que destinou R$ 170 milhões a mais de 700 iniciativas.
Lançada em julho de 2023, a chamada objetiva fomentar projetos internacionais de pesquisa concedendo bolsas no exterior e verbas para custeio, e estimular a cooperação entre países latino-americanos, caribenhos e africanos. O projeto será desenvolvido por uma equipe com pesquisadores de seis países – Angola, Brasil, Cabo Verde, Espanha, Moçambique e Portugal – de nove universidades. A proposta foi uma das 429 contempladas na principal linha do edital.
De acordo com o coordenador da pesquisa, Rogério Christofoletti, o projeto quer mapear e compreender valores e práticas éticas do jornalismo praticado nos países cobertos pela pesquisa. Com isso, vai recorrer a várias técnicas de coleta de dados para compor acervos de códigos deontológicos, leis e instrumentos que contribuem para a formação dos profissionais da informação em três continentes. Ao final, será produzida uma série de podcasts e materiais formativos, e ministradas oficinas de capacitação ética de jornalistas.
“Teremos 24 meses para desenvolver a pesquisa, e vamos contar com três bolsas do CNPq, sendo duas de doutorado sanduíche e uma de pós-doutorado no exterior”, comenta Christofoletti, pesquisador da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). “Essas condições nos permitirão aprofundar as redes de cooperação que já temos com os países lusófonos da África e os da península ibérica”, conclui.
Projeto Atlântico é o nome fantasia da iniciativa e faz homenagem ao oceano que une e aproxima América, África e Europa, continentes dos países participantes.